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Adeus Minha Pequena e Querida Cri-Cri

21/12/2014
Em 2007, em Embu-Guaçu, havia um local horrível aonde eram deixados cães abandonados. Encontramos mais de 100 animais em petição de miséria, e só em um dos canis daquele “abrigo”estavam amontoados cerca de 20 cachorros. Quando eu cheguei, todos latiam muito e corriam de um lado para outro. No entanto, uma cadelinha ficava sozinha num cantinho bem encolhida, sem latir e quase sem se mexer. Perguntei na época para a responsável pelo local (hoje minha caseira Rosana), e ela disse que aquela cachorrinha era a Cri-Cri, e me falou que ela não se enturmava com os outros ficando sempre separada. Eu não podia levar mais nenhum animal para minha casa. Pensei, pensei, pensei, e quando eu penso a coisa termina sempre do mesmo jeito: coloquei a Cri-Cri no carro e trouxe ela comigo. Depois,transferi os cães que ficaram para uma chácara e passei a cuidar de todos, e alguns menores acabei também levando para casa.
Passaram-se 7 anos, e durante todo este tempo Cri-Cri viveu feliz com a minha família e brincou muito.
Em Abril último a Cri-Cri foi operada para a retirada de dois tumores: um no ouvido e outro na barriga. Ela se recuperou bem, e curtiu bastante estes últimos meses. Mas no início de Dezembro ela ficou cega, e muito quieta. Descobrimos que os tumores voltaram. Nestes últimos dias começou a ter convulsões.
Hoje o sofrimento da Cri-Cri acabou. Mas o nosso sofrimento prossegue. Gostaria de nunca mais ter que segurar a patinha e ficar falando com um cachorro enquanto ele está morrendo, principalmente quando se trata de uma animal que eu estimo. Mas isto eu não posso pedir, porque faz parte da vida de quem gosta de bicho passar por estas tragédias e se levantar novamente.
E, como sabemos, “Tudo posso Naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13)

“O mundo é uma comédia para aqueles que pensam, uma tragédia para aqueles que sentem.”
Horace Walpole




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